12 de agosto de 2011

AS PERSEIDAS

Há, aproximadamente, 2.000 anos, a Humanidade contempla no céu o fenômeno denominado As Perseidas: a belíssima e espetacular chuva de meteoros, que banha o planeta Terra, todos os anos, no mês de agosto. O nome Perseidas foi dado à referida chuva em virtude de o fenômeno galáctico surgir no radiante de meteoros, localizada nas Constelações de Perseu.


Este ano, o evento sideral acontecerá na madrugada do dia doze, e poderá ser observado em todo o planeta, desde o hemisfério norte até o hemisfério sul. A visibilidade das Perseidas deverá ser mais cristalina no hemisfério norte em função da posição do planeta em relação à chuva de meteoros, que estará, para o olhar humano, num plano bem acima do horizonte. Já no hemisfério sul, as Perseidas serão vistas com um grau de visibilidade menor, pois aparecerão muito próximas do horizonte, abaixo da linha do Equador. No Brasil, o melhor horário para detectar o acontecimento celestial deverá ser por volta das 3 horas da madrugada.


A fabulosa chuva de meteoros é provocada pelos atritos do cometa Swift-Tuttle, que orbita o Sol, em um período exato de 133 anos. Vale ressaltar que a passagem do referido cometa, pela Terra, constitui-se em um fato raro. No entanto, é possível testemunhar o banho de luz prateada, instantânea e rápida que a Terra receberá, pois, embora o cometa Swift-Tuttle não cruze a órbita do planeta azul, este último atravessa a nuvem de atritos, deixada pelo cometa, em sua passagem monumental pelo Sistema Solar. Este cometa deixa o seu rastro juntamente com outros cometas que completam, ciclicamente, a volta em torno do Sol, formando um cemitério de restos de materiais que os compuseram, desde o nascimento do Universo.


Desse modo, o fenômeno das Perseidas acontece quando o Swift-Tuttle e outros cometas descrevem suas respectivas órbitas em torno do Sol. Ao orbitarem, portanto, o Astro-Rei, todos os cometas espalham, em suas trajetórias, gases, pó e escombros, que são os materiais rochosos que formaram aqueles. Uma trilha é formada a partir do desprendimento natural desse material, e permanece em uma órbita singular, que se assemelha à passagem original daqueles. Ao cruzarem o espaço sideral, em torno do Sol, os cometas formam um anel de fragmentos, e o caminho luminiscente das Perseidas, finalmente, está criado. A Terra, por sua vez, ao realizar seu movimento em torno do Sol, cruza os anéis prateados, e o seu campo gravitacional atrai muitos desses fragmentos, que, por conseguinte, ao entrarem na atmosfera terrestre, em velocidades espetaculares, de 300 mil a 400 mil km/h, queimam nos céus como estrelas cadentes, provocando, por fim,  a brilhante chuva de meteoros.


  • Perseu: herói mítico grego que enfrentou a Medusa e a decapitou.