11 de dezembro de 2012

MARTE SOBERANO


Marte, a próxima estação estelar

Cult entre os 9 planetas do Sistema Solar e único candidato possível, por enquanto, para abrigar a Humanidade como o segundo lar, em um futuro próximo, Marte é, em definitivo, unanimidade entre cientistas, estudiosos em geral, leigos, pensadores, esotéricos, e toda sorte de observadores, que se dispõem a contemplar sua face vermelha, atraente e enigmática no espaço sideral.


O Sistema Solar

Desde os primórdios das civilizações, Marte tem sido alvo de especulações infindáveis, e sempre esteve presente no pensamento coletivo de várias culturas, que elevaram o planeta vermelho ao patamar de divindade, cujo poder, para além das descobertas científicas, influenciou, emblematicamente, o destino de muitos povos, ao longo da história da Humanidade; e, paradoxalmente, o quarto planeta do Sistema Solar rouba a cena no século XXI, ao ser eleito pela comunidade científica como próximo destino do Homem, após o grande evento da astronáutica, na era espacial, que fora a conquista da Lua, no final do século passado. Sonho ou realidade?


O planeta vermelho

Classificado no rol dos planetas telúricos, Marte, ao longo de sua estória, foi alvo de condecorações, créditos e descréditos por parte de imperadores, reis, generais, aficionados, céticos, espiritualistas e, também, de paranormais. De divindade romana à morada de alienígenas,  as narrativas sobre o planeta vermelho compõem um corolário, que envolve mistérios de toda sorte. Da guerra à redenção; da mitologia à astronomia, o planeta vermelho é fisicamente menor do que a irmã Terra, mas gigantesco quanto à força que exerce nos povos e suas culturas, que sempre contemplaram a esfera vermelha, fabulando lendas sobre a existência de vida em sua superfície ou abaixo dela, e revelando-se, gradativamente, ao Homem no novo milênio como o próximo planeta a ser colonizado. Será isto mais um slide da ficção ou uma verdade a ser consolidada?


O Deus da Guerra Ares/Marte

Na Antiguidade Clássica, Marte iconizara a guerra tanto para os gregos quanto para os romanos, tornando-se um dos deuses mais populares do panteão daqueles povos. Na mitologia grega, com o nome de Ares; e na legenda romana, Marte, o nome que batizou o planeta vermelho. Filho de Zeus e Hera, Ares representa o espírito sanguinário e violento das guerras. As legendas míticas contam que se houvesse derramamento de sangue numa batalha, na qual Ares estivesse envolvido, o poderoso deus sentia um prazer colossal em participar dos atos de barbárie, destruição e morte, pois, destituído dos traços nobres ou das virtudes das outras divindades no Olimpo, sua personalidade selvagem e inescrupulosa alijava-o de seus pares olimpianos. Apesar de ser marginalizado pelos próprios deuses por causa de seu comportamento nefasto e ser dotado de uma natureza irracional, cruel, Ares fazia parte da assembleia principal das doze maiores divindades presidida nos céus por Zeus. Ao tempo de Roma, já com o nome de Marte, o violento deus exercera uma grande influência na cultura e na religião romanas, respectivamente, onde era venerado por muitas pessoas, em regiões distintas, além de possuir um oráculo em seus cultos. 


Cydonia

Marte, um sonho distante, avulta-se diante do olhar da Humanidade e se torna realidade. A aura enigmática, que paira sobre o planeta vermelho, ainda oculta muitas indagações. Nesta cortina de mistérios, muitas perguntas carecem de respostas; sobretudo no que tange à formação geológica,  cujos estudos são incipientes, ao clima global, cujo padrão difere drasticamente ao da Terra e às temperaturas, que variam de forma abrupta, constituindo-se em um obstáculo a ser vencido, caso o planeta seja a segunda casa da Humanidade. Há pontos convergentes que unem Terra e Marte em uma estória com um cenário provável de transformações e de escombros, e que, ainda, soterram as verdades, que podem revelar um passado glorioso e paradisíaco no planeta das grandes tempestades de areia. Entretanto, há pontos divergentes que, para o arrepio dos astrofísicos, astrônomos e astrobiólogos, são elos perdidos, mergulhados, sem chance de resgate, num tempo remoto, que desafia a capacidade de compreensão da própria Humanidade, que, por sua vez, é destituída de instrumentos adequados para reconstruir eras longínquas a fim de revelar os segredos esfíngicos da estação vermelha, que plasma o céu com seu silêncio mítico. Marte pode, sem dúvida, ser o passado da Terra. Os insights da ficção científica, que investem na ideia de que há humanos avançados em diversos portais estelares, sobretudo em Marte, podem ser, com efeito, o elo que religa(rá) o planeta vermelho ao planeta azul. Por que Marte fora desfigurado?


Marte, Terra e a Lua

Nas diversas expedições a Marte, que começaram na segunda metade do século XX e avançam, com êxito satisfatório, neste milênio, a Ciência busca, obstinadamente, no passado distante, a senha que pode conduzir a Humanidade para o seu futuro inusitado. Para além dos questionamentos infindáveis sobre a existência ou não de vida alienígena no planeta vermelho, os indícios possíveis de fósseis microbiológicos ou de prováveis bases marcianas, em tese, abandonadas, e que têm suscitado teorias das mais diversas sobre o ocultamento dessas edificações por parte da NASA, que as teriam encontrado na forma de ruínas, podem levar a descobertas incríveis e que ratificariam ou reformulariam as diversas hipóteses sobre a formação do Sistema Solar, o surgimento dos planetas existentes, o possível desaparecimento de outros e o grande enigma estelar: o florescimento, a evolução e a estabilização da vida na Terra; e o desaparecimento de outras civilizações, nos limites do Universo, que o Homem conhece, transformando-o, por enquanto, no único ser que representa a vida inteligente no Cosmo. Seria esta uma lei imponderável? 


Grandes vales em Marte

Em Marte, ao contrário do que se imaginava, há paisagens intrigantes e de natureza singular. Cadeias montanhosas, vales, crateras, leitos gigantescos e profundos, que parecem ter abrigado rios, vulcões extintos, canyons, imensas áreas de terras áridas, topografias acidentadas entre planícies e planaltos, que assombram pela natureza insólita e pela ausência total de vida, apesar de haver nos pólos do planeta água em estado congelado. Tais descobertas, indiscutivelmente, colocam o planeta na rota dos possíveis lugares nos quais a vida deve ter existido num tempo em que a Humanidade ainda não existia na Terra; ou, segundo as teses mais ousadas, Marte teria abrigado uma civilização avançadíssima, e que, diante de uma catástrofe, em escala planetária, teria evadido o planeta para não perecer em um lugar, que, ao olhar atônito e investigativo da ciência contemporânea, já fora um paraíso, em cujo desaparecimento o rastro da vida também fora apagado. Por quê?


Olympus, o maior vulcão do Sistema Solar

Avermelhado no céu noturno e visível a olho nu da Terra, em qualquer conjunção planetária, Marte produz, no imaginário coletivo, um apelo incontrolável no que concerne às ideias de vida inteligente fora dos limites da Terra, desde o alvorecer da Astronomia, que fez com que o Homem desbravasse os limites do espaço sideral e começasse a estudar a quarta estação do Sistema Solar. As especulações, que produziram as mais diversas estórias sobre a possibilidade da existência de vida alienígena, evoluíram a partir das primeiras hipóteses de os habitantes de Marte - os marcianos - serem criaturas de coloração verde, com apenas três dedos nas mãos, olhos gigantes e cabeça em formato de diamante, portando antenas, com corpos diáfanos e multiformes; viajando em discos voadores prateados, até culminar em uma tese avançada, que lança a seguinte indagação: seria a humanidade atual da Terra o passado mais distante de Marte, e que para o planeta azul teria escapado, em fuga desesperada, para não sucumbir a um cataclismo de dimensões globais?


Estruturas artificiais ou vales fossilizados em Marte?

Especulações à parte, os cientistas têm envidado todos os esforços para verificar, investigar e analisar as substâncias desconhecidas e descobertas na superfície do planeta e/ou abaixo do solo marciano, que podem fornecer elementos consistentes para sustentar a tese de vida marciana, qualquer que seja o seu nível de evolução. O envio de diversas sondas, por parte do governo estadunidense - NASA -, tem como objetivo principal a coleta de amostras no solo de Marte, além da busca por água no planeta vermelho. Tal empreendimento visa estudar a localização, o estado e a quantidade do líquido da vida em Marte bem como sua exploração adequada para, em tempos futuros, consolidar-se como o primeiro grande passo da Humanidade para fixar-se no planeta de coloração vermelho-alaranjada. A atmosfera em tom ocre denuncia o ambiente ferruginoso de Marte; e, dessa forma, é, inequivocamente, outro grande obstáculo para a colonização e a posterior fixação humana em um solo que é caracterizado pela desertificação completa.


Água em Marte

Marte, ao lado de Mercúrio, Vênus e Terra, compõe o grupo dos planetas telúricos, no Sistema Solar, além de ser classificado como um dos quatro planetas interiores. Com uma massa global dez vezes menor do que a da Terra, Marte possui em sua atmosfera, dentre outros, os seguintes elementos químicos: o dióxido de carbono, o nitrogênio, o monóxido de carbono, o argônio, o metano e o oxigênio. A cor da superfície marciana - vermelho-alaranjada - é o resultado químico da presença do óxido de ferro, que confere, por conseguinte, a sua marca principal: a cor em tom  avermelhado e de aparência metalizada. As temperaturas em Marte são extremamente hostis, pois nunca estão acima de Oº C grau. A temperatura mínima no planeta é de 80º C, e nos polos há incidência de neve. Geralmente, no inverno, as temperaturas atingem, em média, os - 140º C graus, e no verão, a média de - 30º C graus. Marte possui as quatro estações como na Terra; a duração do dia no planeta é de 24 horas e 36 minutos e seu período orbital é de 687 dias.  Fobos e Deimos são os dois satélites marcianos. Fobos está mais próximo do planeta enquanto Deimos está mais distante, e ambos têm formas irregulares e medem, aproximadamente, 15 km. Tais semelhanças com a Terra, comprovadas através das pesquisas crescentes, realizadas pelas diversas missões não - tripuláveis, projetam o sonho da Humanidade para além dos limites do planeta azul. Marte: o próximo lar?


Terraformação em Marte

Predestinado a ir além dos seus próprios limites, o Homem, em seu desejo voraz de descobrir novos mundos, outras vozes, investe maciçamente na possibilidade de colonizar o planeta Marte. É sabido por todos que a era espacial é recente, se comparada ao surgimento da raça humana na Terra e sua trajetória como espécie que evoluiu, significativamente, no Cosmos. No entanto, os avanços tecnológicos têm concorrido, sobremaneira, para que a Ciência, nos ramos da astronomia, astrofísica, astrobiologia, astronáutica, torne o que era o impossível em realidade concreta. As similitudes que o planeta vermelho tem com a Terra colocam-no, definitivamente, na rota dos planetas habitáveis para a Humanidade num futuro não muito distante. Os indícios de que Marte abrigou alguma forma de vida no passado, a partir de um conjunto de dados considerável, que estão sendo descobertos pelas missões lideradas pela NASA e pela ESA, em profusão, associados às chances de viagens tripuladas, formam um painel promissor e realizam um projeto sem precedentes para desencadear o processo de colonização, de fato e de direito, na quarta estação estelar. Os desafios vão desde a criação de tecnologias para minimizar os efeitos hostis do clima, que podem impedir a fixação permanente do Homem, em solo marciano, passam pela baixíssima reserva de oxigênio existente na atmosfera do planeta, o que obrigará os cientistas a construírem usinas potentes, capazes de extrair da água o ar necessário para a vida humana, até os impactos mortais, que terão que enfrentar, devido às diversas intempéries do planeta vermelho como, por exemplo, as gigantescas tempestades de areia, que devastam e transformam, constantemente, a insólita paisagem marciana. Neste caso, os cientistas terão que dimensioná-las, monitorá-las, além de fabricar módulos habitáveis e inteligentes, que resistam a tais tormentas bem como a confecção de vestimentas apropriadas para suportarem todos os efeitos danosos, que podem colocar em risco de morte não somente a sobrevivência dos futuros astronautas, que deverão, em breve, rumar para a Marte a fim de iniciarem a grande odisseia espacial, mas toda Humanidade, quando estiver habitando e povoando o planeta em sua completude. A esperança, segundo os cientistas, desponta na possibilidade, cada vez mais crível, da existência de água, em grande quantidade, no subsolo marciano e nas calotas polares. Água, fonte da vida; água, berço para o nascimento de uma civilização. A transformação da água em energia e, simultaneamente, a exploração deste recurso para garantir a sobrevivência da raça humana são fundamentais para que o processo terraformação de Marte alcance o êxito em todas as suas etapas. 


Terráqueos em Marte

Um dia, as pessoas não contarão estórias da Terra, mas, sim, de Marte. Um dia, homens e mulheres nascerão na Terra, mas morrerão em Marte. Um dia, as crianças não nascerão na Terra, mas, sim, em Marte. Um dia, seremos todos não mais da Terra, mas soberanamente de Marte. Seremos todos marcianos?


29 de fevereiro de 2012

APOPHIS: A MORTE PEDE PASSAGEM!

Apophis, a Serpente da Morte.


Os eventos galácticos, cada vez mais crescentes, convergem para grandes mudanças no Sistema Solar; e, no centro da galáxia, cenário futuro para as transformações radicais, que determinarão o fim de uma era para a Humanidade, uma nova ordem cósmica se impõe, implacavelmente, e os   próximos anos serão decisivos para o planeta Terra, que passará, literalmente, por uma inevitável prova de fogo. Os enigmas estelares indagam: sobreviveremos aos desafios, que virão do Deep Space, e ao complexo movimento dos corpos astrais, que viajam naturalmente pelo Universo, portando mensagens de destruição e morte? Refiro-me ao temido, assombroso e gigantesco APOPHIS, asteróide com, aproximadamente, 500 metros de extensão, pesando, segundo estimativas da Nasa, mais de 46 milhões de toneladas, e que está vindo em direção ao nosso planeta a uma velocidade de 45.000 km por hora.


Apophis e a fenda de ressonância gravitacional.


Classificado pela Nasa, primeiramente de Apophis 99942 (identificação astronômica) e, posteriormente, de 2004 MN4, este magnífico asteróide tem sido objeto de muitas controvérsias, entre os cientistas, o que tem levantado especulações de toda ordem não só na comunidade científica internacional, mas, também, entre os estudiosos não oficiais, que têm postulado o seguinte questionamento: será que a estória em torno de Apophis é mais um jogo de máscaras das autoridades governamentais estadunidenses, russas e europeias, que tentam ocultar, a todo custo e de todos nós, os fatos concretos sobre o asteróide, o seu provável impacto contra a Terra e suas conseqüências nefastas para Humanidade? A verdade sobre Apophis surge silenciosa no espaço longínquo, por enquanto, pois os números estão se cruzando e as previsões não são nada animadoras quanto à sua trajetória e ao seu poder destrutivo, em caso de choque com a Terra. 


Apophis colidirá com a Terra: 2029 ou 2036?


Os rumores sobre a possível colisão, de dimensões catástróficas para o planeta Terra, surgiram, quando houve cálculos divergentes sobre a data da aproximação de Apophis. Qual seja: um grupo de cientistas afirmou que o perigoso asteróide se chocará com o nosso planeta no ano de 2029; outro grupo, entretanto, discorda, veementemente, e, dessa forma, retardou a chegada de Apophis, estabelecendo, portanto, o ano de 2036 como a data provável do evento. A existência das duas datas se deve a uma região no espaço chamada "buraco gravitacional" ou "fenda de ressonância gravitacional", que é uma passagem invisível e diminuta, e que, em caso de algum corpo celeste atravessar este perímetro, a sua rota será alterada devido à força de gravidade exercido pelo campo terrestre, culminando no redirecionamento da nova trajetória do corpo astral e no choque iminente, quando este último se aproximar novamente da órbita da Terra, em rota similar.


Apophis, a ameaça que vem do céu.


Apophis, que na língua grega significa O Destruidor, é observado, atentamente, desde o ano de 2004 pelos cientistas de todo mundo. As estimativas de sua aproximação e as chances de o poderoso asteróide ser visto pelos telescópios no mundo, antes das datas previstas - 2029 e 2036 - respectivamente, não podem ser desprezadas, pois, na comunidade científica, já existe um consenso: a passagem do asteróide, próximo ao planeta Terra, acontecerá no final de 2012 e início de 2013, e os sistemas de radar e as lentes dos principais observatórios no mundo estarão em vigilância máxima para a captura de dados consistentes, que poderão registrar, com precisão, a sua rota e as reais possibilidades de Apophis atingir catastroficamente o planeta. O tempo parece estar contra a Humanidade e a favor do asteróide colossal, pois muitas são as hipóteses sobre o que aconteceria na estação estelar azul em caso de colisão. Será o fim da vida sobre a Terra ou o início de uma nova era glacial?


A rota assassina do asteróide.


A passagem de Apophis, em fins de 2012 e início de 2013, próximo à órbita da Terra, será crucial para os cientistas, pois, talvez, seja a única oportunidade que os observadores e estudiosos sobre corpos celestes desta magnitude terão, com efeito, para atestarem e mensurarem o perigo real que o tenebroso asteróide pode causar ao planeta, em caso de um impacto profundo. A partir da aproximação de Apophis, os cientistas elaborarão o plano para evitar o choque de Apophis contra a Terra, que pode colocar em risco de morte a sobrevivência da raça humana e a destruição da natureza, em escala global. Os efeitos devastadores são calculados com base nas dimensões do asteróide. Os cientistas são categóricos ao afirmarem que, se houver a colisão espetacular de Apophis, o asteróride liberará uma energia colossal de 1.480 megatons de TNT. A Nasa, posteriormente, ao refazer os cálculos sobre as conseqüências do terrível choque, adotou a marca  máxima de 800 megatons. A redução, ainda, é pavorosa, pois a Cratera Barringer ou a colisão que causou o Evento de Tugunska está registrada na escala intervalar de 3 a 10 megatons de liberação energética com destruição imediata.


Cenário de devastação de Apophis.


O poder de destruição de Apophis parece não ter fim, e o asteróide, se cair no mar, será capaz de produzir megatsunâmis, com ondas superiores a 15 metros, que engolirão várias cidades, devastando tudo que encontrar pela frente como nunca acontecera na estória da Humanidade mais recente. Neste sentido, após a confirmação da Rússia sobre a colisão de Apophis em 2036, as agências estadunidense, russa e europeia, respectivamente, começaram os planos para anular as chances do impacto fatal de Apophis e, assim, desviá-lo, definitivamente, de sua rota de colisão com a Terra. Os Estados Unidos planejam a construção de uma sonda espacial, que atingiria o asteroide, alterando a sua rota mortal, como fizeram contra o cometa Tempel 1, em 2005, ao lançarem a sonda Deep Impact; e a Rússia e a ESA - Agência Espacial Europeia - estão envidando esforços comuns para a construção de um escudo de proteção na Terra contra Apophis. Os cientistas russos, além de sustentarem a tese da colisão do asteróide em 2036, afirmam, peremptoriamente, que o choque de Apophis contra a Terra equivaleria a explosão de 70.000 bombas de Hiroshima. Previsões mais catástróficas elevam esse número para 100.000. Pesadelo ou o Dia do Juízo?


Trajetória de Apophis na Terra.


A passagem desastrosa de Apophis pela Terra deixará um rastro de terror e morte fenomenais, pois, ao atingir o planeta, o asteróide atravessaria um corredor, que abrangeria quase todos os continentes até atingir a África, segundo estudos já realizados por diversos cientistas. O asteróide, se ultrapassar a fenda de ressonância gravitacional e entrar na órbita da Terra, abrirá um caminho de risco, atingindo o sul da Rússia, norte do Pacífico, costa da Califórnia, México, Nicarágua e Costa Rica. Apophis, ainda, cruzará o norte da Colômbia e da Venezuela, e encerrará a sua trajetória devastadora no oceano Atlântico. Se o impacto do asteróide for no mar, uma coluna monstruosa de águas revoltas, devido ao impacto, será erguida, instantanenamente à força da colisão, a uma altura de 1.000 metros, produzindo duas megatsunamis em direções opostas. No caso de sua passagem por terra firme, o continente a ser atingido será completamente destruído.


Apep, o inimigo de Rá.


Na mitologia egípcia, Apophis é Apep, uma criatura bestial em forma de serpente, e que representa a face obscura e nefasta do Mal. Apep, sobrevivente do submundo - a escuridão eterna do Duat -, é eterno e lutava contra o Deus Rá, sempre ao anoitecer. Aniquilado todas as vezes por Rá, o monstro ressurgia do mundo dos mortos como uma serpente gigantesca. Apep ou Apophis, pela malignidade que o constitui, é inimigo de todos os deuses no panteão egípcio, e sua obstinação é bifurcada como sua língua serprentária: a morte de todas as divindades das hordas de Rá e a destruição do mundo. Não é à toa, portanto, que o asteróide mais observado no espaço pelos mortais é Apophis. Apep ressurgiu da escuridão profunda do espaço para nos engolir?


A Quinta Trombeta.


Em Apocalipse, de São João está escrito:
Capitulo 9:


1. E o quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo.


2. E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como a fumaça de uma grande fornalha, e, com a fumação do poço, escureceram-se o sol e ar.


Reflitamos: seria esta passagem uma alusão irrepreensível a Apophis?


13 DE ABRIL DE 2036:


O FIM DO MUNDO?