29 de março de 2011

Sobreviventes do Dilúvio.

A saga de Nibiru parece estar fossilizada no inconsciente coletivo da Humanidade quase imemorial. Um certo paradoxo paira sobre a minha assertiva inicial, pois a lembrança remota de um tempo, em que as águas assassinas devastaram o nosso planeta, e, claro, todos nossos ancestrais, não deveria ser um elemento que emergisse de imagens guardadas nas mentes de populações que sucumbiram diante de um fenômeno cataclísmico, de dimensões planetárias, ou como conseqüência irremediável da cólera de (um) Deus ou dos deuses que nos criaram(?)
Indagações inumeráveis e respostas que resvalam para o vazio assustador formam um cenário de escombros, onde a nossa reflexão está posta a serviço da investigação, pois a verdade é o fio condutor de uma estória sem precedentes na longa caminhada do Homo sapiens sobre o planeta, onde os fragmentos de um grande quebra-cabeças, antes espalhados nos mais variados campos do saber, e, misteriosamente, arremessados em todos os lugares da Terra, são paulatina e pacientemente conjugados em um corpo singular. Neste sentido, estamos, definitivamente, reescrevendo a nossa própria história, ao nos redescobrimos como seres estelares, a priori, e não mais como os  únicos habitantes no Universo, a posteriori. Não estamos sós; nunca estivemos sozinhos. Jamais estaremos tampouco.
O mega-evento aquático, que fora o dilúvio, devastando a Terra, para além do registro bíblico, no qual Noé teria sido o escolhido por Deus para ser poupado do castigo divino, uma vez que o gênero humano se corrompera, segundo os hebreus, não está presente apenas na literatura de Moisés. A ideia da existência não só de um dilúvio, mas de vários, está plasmada nas diversas tradições orais de povos que remontam à Lemúria e à Atlântida bem como a impressionante narrativa, descrita nas tábuas cuneiformes, da extinta civilização sumeriana, ao contar que os Annunakis, (aqueles que vieram do céu),ao descerem dos céus, também presenciaram o terrífico dilúvio, pois a eles coube o projeto de destruição da raça humana naqueles tempos.
É importante destacar, portanto, que o último dilúvio, do qual se teve notícia, não fora narrado, primeiramente, na literatura hebraica, segundo a Bíblia, como muitos acreditavam, mas, antes, na mitologia sumeriana, que data de 6.000 anos atrás. Nibiru, nesta diretriz, aparece como a grande personagem na cena diluviana, pois, ao ser relatado como 12° planeta do sistema solar, nas tábuas cuneiformes, pelos Sumérios, estes legaram para as civilizações futuras a estória da revolta das águas sobre a Terra e o verdadeiro motivo que culminou neste apocalipse do passado, que nos antecedeu, com a passagem do planeta destruidor.
Anu, um dos deuses sumerianos, e pai de Enlil e Enki, enviou à Terra os dois irmãos para empreenderem um árduo trabalho: explorar o minério da Terra, em larga escala, para o planeta de origem, sobretudo o ouro, pois Nibiru, em vias de extinção, necessitava de uma camada espessa de metal maciço para a sua proteção, evitando, assim, a destruição que exterminaria o astro e todos seus habitantes.
A tarefa hercúlea, após um grande cisma entre os dois deuses irmãos, causou uma grande batalha nos céus quando os Annunakis se cansaram de trabalhar na exploração. A deusa Ninharsag (deusa da medicina) foi, então, chamada por Enki para dar uma solução ao problema, contra a vontade de Enlil e também de Anu. A partir do Homo erectus, Ninharsag alterou o código genético dos humanóides, dando origem ao Homo sapiens - a raça híbrida. Cumpre ressaltar que na literatura hebraica, mais precisamente no gênesis bíblico, este seria, portanto, Adão. O primeiro homem, pronto para tomar o lugar dos Annunakis no pesado trabalho da exploração, teria características naturais e divinas, pois o material genético daqueles fora utilizado na criação do homem dito perfeito e dotado de inteligência. Éramos, desse modo, pertencentes a uma raça escrava que trabalhou exaustivamente para os Annunakis.
Contrariando a seu pai, Anu, Enki ficou satisfeito com o resultado alcançado, e, a partir de então, os Annunakis foram poupados em detrimento da nova raça que estava à frente da grande seara. Entretanto, para a infelicidade de Enki, os seres híbridos (o nosso antepassado primordial), ao se reproduzirem na Terra, gerando belos homens e belas mulheres, despertaram a cobiça de outros deuses que, em um ato abominável para as leis celestiais, tomaram as mulheres para copularem, e, assim, procriarem semi-deuses, os Nefilins da antigüidade - os gigantes de grande fama, que estão também presentes, também, no gênesis bíblico. O texto bíblico narra que os anjos desceram à terra e vieram ter com as filhas dos homens. Mitos duplicados ou coluna vertebral de nossa verdadeira origem?
Diante de tal acontecimento, a ordem divina turbou-se e um grande conselho, liderado por Anu e ratificado por Enlil, decidiu aniquilar a raça humana, todas as espécies do planeta, os deuses rebeldes bem como os Nefilins. Como Nibiru estava de passagem pela Terra e os deuses não necessitavam mais da exploração mineral, Anu determinara que um grande dilúvio deveria dar cabo de tudo que até então existira, causando uma dor para Enki, que se afeiçoara aos humanos. Assim, uma vez mais, desobedecendo a seu pai, o bondoso Enki, ocultamente, desce à Terra para salvar um homem e sua família, pois Enki se entristecera com o que tinha acontecido, mas tivera compaixão dos mortais que não se corromperam com os demais. Eis aqui, portanto, a aparição de Noé, segundo a Bíblia, nesta trama divina, marcada por desordens e discórdias entre os Annunakis. É imperativo destacar que na mitologia sumeriana o homem a ser salvo com sua parentela se chama Ziusudra. Ziusudra e Noé, portanto, são, de fato e de direito, protagonistas de uma epopéia singular. Domino effect?
Em forma etérea e de costas para Ziusudra, Enki aparece e determina a construção de uma arca, na qual os animais de todas as espécies, em par, deveriam ser escolhidos e protegidos por Ziusudra, pois um dilúvio devastador era inevitável. Obedecendo a Enki, Ziusudra constrói a arca, recolhe os animais e espera pelo fatídico dilúvio, que destrói todas os seres do planeta. Ao saberem da manobra de Enki, Enlil, seu irmão, irou-se profundamente contra Enki, mas seu pai Anu, de forma surpreendente, aprovou a atitude de Enki e decidiu que não exterminaria a raça humana, deixando-a que seguisse seu próprio rumo na Terra, marcando assim um novo nascimento da espécie sobre o planeta.
Nibiru está retornando, e, com ele, os Annunakis. Alienígenas, deuses ou, talvez, nossos pais voltarão também? 
Somos sobreviventes de um dilúvio ancestral e uma questão se impõe de forma inconteste: assistiremos à revolta das águas, mais uma vez, no planeta, ou o fim do calendário maia nos reserva outras surpresas como a mítica caixa de Pandora que, ao ser aberta, deixou escapar todas as mazelas que assolam a Humanidade, restando somente a esperança como o elo de nossa salvação, no plano cósmico e na rota estelar? (grifo meu) A roda da fortuna está girando. Qual será o próximo sinal?

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